“Aprendi com a primavera a deixar-me cortar e voltar sempre inteira.”
Cecília Meireles.
Em “A Primavera de Cecília”, Beatriz Abuchaim situa a primavera de todos nós com contos delicados, sob um olhar preciso e sensível tratando das coisas que nos acontecem, tendo como protagonistas adolescentes. Nada mais primaveril.
Em minha leitura, as cenas passaram-se rápidas, mas com a duração exata do que cada palavra queria transmitir. Facilmente transportei-me e vivi na primeira pessoa cada um dos personagens. Beatriz toca no ponto da alma sonhadora, da alma que se confronta e que se refaz, tonta de sentimento. Profunda, é o que posso dizer. Simples, como é a vida.
“Vovô achava que as ideias são como ondas do mar. Todas elas contêm uma promessa de recuo, uma promessa de crescimento e uma promessa de avanço. “Seja terra para suas ideias, Cecília. Permita que elas arrebentem em você, absorva o sal que elas carregam, deixe os caranguejos invadirem seus espaços, amoleça seu corpo, sejas porosa ao afago das ondas. Todos estamos fadados ao ir e vir do que queremos que volte e do que desejamos que desapareça. A bênção, com ares de maldição, acontece sempre.” (ABUCHAIM, 2012, p.72-73).
Por Angela Hofmann, nov / 2012.
A Primavera de Cecília
Beatriz Abuchaim
Ed. Artes Ofícios
2012
A Primavera de todos nós
Um pensamento em “A Primavera de todos nós”
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Anunciados os finalistas do Prêmio Açorianos de Literatura 2013
"A primavera de Cecília" está entre os três finalistas da categoria infanto-juvenil.
Os vencedores serão conhecidos no dia 9 de dezembro, às 20h, em cerimônia no Teatro Renascença.
Viva!